A cidade da Covilhã converteu-se definitivamente no centro da arte urbana da região Centro de Portugal, graças à criatividade do Woolfest – Covilhã Art Festival.
Este movimento presta homenagem ao glorioso passado da Covilhã enquanto um dos mais importantes centros de produção de lanifícios de Portugal afirmando-se como uma referência da arte urbana no país.
Com os seus eventos regulares preencheu a pouco e pouco as paredes da cidade com pinturas coloridas que se relacionam com a temática da lã, da industria e cultura da cidade perpetuando o seu marco identitário.
A cidade da Covilhã nunca mais será a mesma. A arte saiu à rua!
Roteiro
Com início no mítico Campo das Festas, tudo se prepara para a visita a um dos projectos contemporâneos mais interessantes em Portugal. Entramos na dimensão do mais antigo festival de arte urbana do país, que tal como lanifícios marcaram esta cidade no passado, está a marcar a cidade granja no presente. Um roteiro ideal para fazer em família, uma forma divertida, mas interativa de conhecer o centro histórico da cidade da Covilhã.
Calcorreando os primeiros metros deparamo-nos com uma fonte de três bicas, agora com ilustres “vizinhos”, representando um mundo de magia, cor e de cultura popular representados pelo artista luso Mário Belém. O sonho da criança, a realidade do mundo do trabalho árduo e a velhice onde tudo termina. A melhor intervenção para começar o seu roteiro.
Continuamos pelo jardim público, sendo este um lugar de paragem obrigatória. Daqui, temos uma perspectiva privilegiada sobre o vale da Ribeira da Carpinteira e da ponte pedonal, onde também descansam os alicerces fabris desta cidade, assentes sobre a tradição do trabalhar da lã e que marcou profundamente a história, as tradições e os costumes desta cidade de tipologia ímpar.
No largo da Infantaria 21 duas obras atraem os nossos sentidos. “A Banda”, de Tiago Galo, que ofereceu, em forma de arte urbana, o melhor presente de celebração do 150.º Aniversário da Banda da Covilhã. O olhar de uma menina de olhar fixo e que ostenta uma marca global. No fundo, hoje tudo tende a ser igual: as roupas, a cultura, a sociedade. A cultura local ofusca-se e perde-se no tempo. Esta é a obra de qualidade inquestionável do castelhano Sebas Velasco “Hoy es el Futuro”.
Com calma seguimos pela “Rua Direita”, antigo pilar comercial desta cidade que quase no fim da rua ostenta a intervenção “Andorinhões” do artista Pantónio, simbolizando o voo constante e acrobático que estas aves perpectuam por entre as ruas e edifícios da Covilhã, inspirado no documentário "Da meia-noite pro' dia", sobre o abandono da indústria têxtil. E está só no começo…
Num emaranhado de ruas e becos, numa orografia típica de uma cidade de montanha, começamos o jogo do gato e do rato, procurando as pequenas intervenções da artista catalã BTOY. E numa esquina temos “A vista para a Serra” e Cova da Beira, através da janela manuelina pintada por Kruella d'Enfer.
Sobre o olhar atento da Igreja de São Tiago, apresente-se ao “Lata 65”, workshop que visou aproximar os mais idosos das novas tendências de arte urbana. Não se sente tentado também em pintar? Ao lado temos o “Coração” de Third, demonstrativo da importância das águas da ribeira da Goldra e Carpinteira, o “combustível” hidráulico essencial para o pulsar mecânico das fábricas e para a lavagem da lã e tingimento dos tecidos.
Aqui fazemos um desvio a vamos dar uma vista de olhos ao “Observatório”. Esta obra de 200 m2 leva-nos ao mundo de cor e alegria, ao melhor estilo do artista brasileiro Douglas Ferreira. Aqui lançamos um desafio de identificar as espécies de avifauna representada nesta intervenção. Vamos tentar?
Continuando por ruas, ruelas e vielas da cidade montanha, terra de neve e de trabalho árduo encontramos uma intervenção sobre a Serra da Estrela. Aqui, na “Serra ao alto”, do fotógrafo Rui Gaiola, esta montanha é elevada ao alto, representada por 10 fotografias que deixam qualquer outra montanha repleta de inveja. A seguir chega-se ao Miradouro das Portas do Sol. Em simbiose com a paisagem natural e citadina, outra “paisagem” se destaca. A arte saiu mesmo à rua e deixou-nos mais dois testemunhos: “Wild Orphan” de Tâmara Alves e “Fio Condutor” de Regg Salgado, intrinsecamente conectados com a arte de trabalhar a lã das gentes covilhanenses. Uma arte espelhada em cada covilhanense de gema…
Um mural cria choque, faz-nos parar e pensar. Este é o motivo da obra “Estudo de uma família” de Jofre Oliveras, onde o choque de culturas numa família nunca foi tão debatida como hoje.
Antes de chegar ao núcleo duro do Wool – Covilhã Arte Urbana, o “Sr. Viseu” de Samina dá-lhes uma boas vindas, preparando-o para o que está a chegar. Por ruelas, becos e casas de granito, a menina de olhar terno, cozendo a bandeira portuguesa de “Portugal pelas Costuras” de Mr Dheo, chama-lhe a atenção de que está rodeado de arte urbana por todo o lado. Faça uma vénia ao “Owel Eyes” de Bordalo II, símbolo máximo do Wool – Covilhã Arte Urbana e tire as selfies que desejar…
Tal como a arquitectura pitoresca do espaço A Tentadora, perca-se no tempo e ouça aqui o que estava na mente de cada artista, pois é aqui que trabalham os mentores deste projecto que moldaram uma “nova Covilhã”, dando um novo motivo de interesse para a sua visitação.
Feche os olhos e em silêncio, sinta a música que brota das paredes em “Em ti mora o meu amor” e “Cidade Flor” de Halfstudio, imortalizados pelo fado “Covilhã cidade neve”, interpretado pela imortal Amália Rodrigues. Ao lado, deixe-se levar pelo “jardim virtual” que Pastel nos deixou, uma homenagem às plantas que contra tudo e contra todos vivem e sobrevivem nos espaços humanizados.
Estamos quase no fim. Mas antes de terminar, a Covilhã culmina a sua persuasão com o olhar de Ernesto de Melo e Castro, olhar esse que transmite serenidade. Serenidade reforçada com “Arrebatamento” de Bosoletti. Cada expressão, cada curva e cada movimento cativa a nossa vista, alma e coração, como se ao som de uma valsa se tratasse…
Aqui somos confrontados com duas novas obras. “Covilhocos à espreita” de Catarina Glam, que nos espreitam das suas janelas e portas, no verdadeiro espirito de boa vizinhança típico dos bairros históricos e a obra abstrata de Alberto Montes. “Sobre a proximidade” é um quebra-cabeças que resulta do desmembrar de uma fotografia histórica da cidade da Covilhã, obrigando-nos a puxar pela nossa capacidade de voltar a juntar as peças e entender o sentido das mesmas.
É tempo de rumar até onde a sua aventura começou… Mas antes vamos olhar o mural “Vida por Vida”. Um tributo aos soldados da paz que através do seu esforço dão a vida pela nossa vida e isso tem um valor sentimental incalculável. Esta homenagem é melhor forma de terminarmos a nossa viagem ao mundo do Wool – Covilhã Arte Urbana.
Bem-haja e volte sempre…
Nome Completo | Pontos de Interesse | Categoria | Descrição (resumida) |
Campo das Festas / Bombeiros Voluntários da Covilhã | 1 | - | |
"Fonte das 3 Bicas" by Mário Belém (Wool) | 2 | Cultural | O artista nacional tem como principal cartão-de-visita um estilo bastante colorido e espiritual, onde o mosaico de cores, o alegórico e o mágico fazem parte das suas obras. Aqui neste mural Mário Belém construiu o que é o sonho quando somos criança: voar bem alto. Contudo a realidade conforme envelhecemos traz-nos para o dia-a-dia do trabalho e terminamos a velhice a fazer algo simples, monótono e a navegar pela vida que nos resta. |
"A Banda" by Tiago Galo (Wool) | 3 | Cultural | Na edição de 2020, a organização do Wool, decidiu homenagear a consagrada e histórica Banda da Covilhã no seu 150º aniversário. Para tal Tiago Galo, com a sua arte e visão tão própria, deu ao mundo um mural onde a música, os instrumentos nas mais variadas facetas (precursão, sopro e metal) e os músicos se congregam num mar de cores e de proporções díspares, algo muito característico nas obras deste artista. |
"Hoy es el Futuro" by Sebas Velasco (Wool) | 4 | Cultural | Considerado, atualmente, um dos melhores artistas de arte urbano do mundo, ou não fosse ele detentor de uma técnica invejável, face à sua formação em Belas Artes. A sua obra na Covilhã traduz-nos a visão da atual / futura da geração numa cidade, com clara alusão ao uso de marcas globais que estão presentes em todo o globo e que abafam a cultura local, uniformizando os modos de vida e a própria sociedade. |
“Trama” by Daniel Eime | 5 | Cultural |
Quem desce da Serra da Estrela e entra na cidade da Covilhã não fica indiferente ao mural “Trama”, de Daniel Eime. Mais uma vez, o legado da cidade é chamado e põe à prova todo o conhecimento e técnicas dos artistas convidados. Aqui, mais uma vez, o género feminino é enaltecido face à sua importância insofismável na manufactura dos tecidos de lã. Para tal, Daniel Eime utilizou como base uma fotografia original de uma mulher ao tear e que, após um longo trabalho de preparação, foi transformada num stencil de 55 folhas. O resultado é uma obra que, mais do que uma homenagem, é um cartão-de-visita da cidade. |
“Andorinhões” by Pantónio (Wool) | 6 | Cultural | Pantónio levou um bando de andorinhões até à Rua Direita, tendo buscado inspiração na curta-metragem documental "Da meia-noite pro' dia", sobre o abandono da indústria têxtil na cidade da Covilhã. |
"±COVILhã± " by ±MaisMenos± (Wool) | 7 | Cultural | Primeiro mural desenvolvido pelo artista luso Miguel Januário que vamos encontrar neste roteiro, com uma alusão implícita aos subterfúgios do mundo político. |
“BTOY” (Wool) | 8 | Cultural | Posters colocados em portas na zona histórica da cidade, projetados pela artista espanhola BTOY. |
“BTOY” (Wool) | 9 | ||
“BTOY” (Wool) | 10 | ||
"Vista para a serra" by Kruella d'Enfer (Wool) | 11 | Cultural | Esta intervenção traduz a visão própria, artística e criativa da simbiose existente entre a montanha, a planície da Cova da Beira e a história, que fazem parte da imagem da Covilhã. A ligação indissociável da à Serra da Estrela e das suas férteis bacias hidrográficas, algo sempre presente na evolução da cidade e as janelas Manuelinas, monumentos chave que traduziam a riqueza da cidade-fábrica e de visita turística obrigatória. |
Lata 65 (Wool) | 12 | Cultural | É uma iniciativa para idosos no âmbito da arte urbana, desenvolvida na sua génese pelo Wool – Covilhã Arte Urbana e o Cowork Lisboa. Trata-se de um workshop que pretende aproximar os menos jovens a uma forma de expressão habitualmente associada aos mais novos, e que pretende despertar, motivar e entusiasmar os mais idosos através da arte urbana. |
"Coração" by Third (Wool) | 13 | Cultural | Intervenção que se baseou na representação do coração da Covilhã, pulsado pelo trabalho da lã. O coração é movido pela energia das ribeiras da Covilhã, intrinsecamente ligadas às fábricas, já que eram elas quem “forneciam” a energia, a água para a lavagem das lãs, para o tingimento dos tecidos, entre outras funções. |
Mural Covilhã (ESCM) | 14 | Cultural | Um mural desenvolvido por alunos da Escola Secundária Campos Melo e que demonstram, numa pintura de arte urbana” o que no fundo é a Covilhã como paisagem, partindo do vale até ao ponto mais alto da Serra da Estrela. Uma retrospectiva por símbolos que identificam a Covilhã. |
“Bem haja” by Aheneah (Wool) |
15 | Cultural |
Mais uma obra artística deixada pela artista Aheneah (Ana Martins) e que resulta num binómio inédito. Integrada no projecto comunitário “Juntos, ponto por ponto”, a artista contou com mãos preciosas e uma vontade infinita de colaboração, envolvendo aproximadamente 30 voluntários de diferentes origens e idades. Todos juntos e focados num objectivo único construíram uma peça de criatividade ímpar, envolvendo madeira, 13 km de fio de lã, cerca de 400 nós e 12.000 parafusos. |
“Oddments” by Add Fuel (Wool) | 16 | Cultural | Reinterpretação de azulejos portugueses que, nesta intervenção, aparecem misturados com fragmentos de tecidos inspirados nos padrões produzidos nas fábricas da cidade. |
Marta Lapeña (Wool) |
17 | Cultural |
A artista residente em Madrid representa neste mural tudo aquilo que foi o passado da Covilhã. Cidade-granja, ligada à manufactura laneira e o polo industrial que aqui se desenvolveu. Neste obra ponteada de diferentes conjugações de cores azuis, surgem diferentes elementos que fizeram parte do quotidiano desta cidade. As meadas de fios, os cardos, os novelos e mesmo um dos elementos mais criativos deste mural. Uma tradução de imagem de arquivo, onde surge uma jovem mulher a trabalhar ao tear. |
“Serra ao alto” by Rui Gaiola (Wool) | 18 | Cultural | A Serra da Estrela é detentora de paisagens únicas, singulares e de uma beleza indescritível. Sendo um dos locais de eleição do fotógrafo Rui Gaiola, deixa-nos neste formato e à vista de todos os visitantes, 10 fotografias de diferentes épocas do ano e extraídas do seu livro “I wish I could drive these roads forever”. É por imagens como estas que nos sentimos abençoados em ter a Estrela ao nosso lado, todos os dias e todos os anos das nossas vidas. |
“Covilhocos à espreita” by Catarina Glam (Wool) | 19 | Cultural | Catarina Glam, uma artista com uma forma muito particular de trabalhar e que deixa nas suas peças um know-how muito próprio. Baseado mais em arte plástica do que pintura e baseado num formato típico, Catarina deixou-nos oito novos motivos para visitar e separados em quatro localizações Chamou-os de “Covilhocos”, representados por exemplo, pelo vizinho, o avô ou mesmo o animal de estimação, que nas suas janelas e portas, espreitam e esperam que os visitantes os fotografe. |
“Fio Condutor” by Regg (Wool) | 20 | Cultural | Intervenção desenvolvida por Regg Salgado no âmbito do ENED (Encontro Nacional de Estudantes de Design), mais uma vez inteiramente ligado à arte da costureira, uma figura épica e interiormente ligada à arte de trabalhar os tecidos de lã que tornou a Covilhã a “Manchester de Portugal”. |
“Wild Orphan” by Tamara Alves Salgado (Wool) | 21 | Cultural | Este mural foi nomeado após um poema de Allen Ginsberg chamado “Órfão selvagem”. Esta peça transformou-se numa consciência para a morte lenta da existência das rendas de bilros. |
L* is not an artist (Wool) | 22 | Cultural | Stencils desenvolvidos pela artista lusa Luísa Cortesão. |
“Covilhocos à espreita” by Catarina Glam (Wool) | 23 | Cultural | Catarina Glam, uma artista com uma forma muito particular de trabalhar e que deixa nas suas peças um know-how muito próprio. Baseado mais em arte plástica do que pintura e baseado num formato típico, Catarina deixou-nos oito novos motivos para visitar e separados em quatro localizações Chama-os de “Covilhocos”, representados por exemplo, pelo vizinho, o avô ou mesmo o animal de estimação, que nas suas janelas e portas, espreitam e esperam que os visitantes os fotografe. |
“Estudo de uma família” by Jofre Oliveras (Wool) | 24 | Cultural |
Durante vários dias nesta região, o artista espanhol Jofre Oliveras e a fotógrafa Lucia Herrero, percorreram vários quilómetros e fotografaram dezenas de pessoas em diferentes contextos. A obra espelhada neste mural designado “Estudo de uma família”, é um contraste de gerações, onde a cultura é, sem dúvida, uma guilhotina que as separa em toda em toda a linha a nível antropológico. Aqui um casal conservador, dito normal, pousam junto do filho extravagante, tocando aqui temas pertinentes e actuais como a igualdade de género, mas que no fundo são pessoas, são família, são seres humanos iguais. |
“±Gastos±” by ±MaisMenos± (Wool) | 25 | Cultural | Mais uma intervenção desenvolvida pelo artista Miguel Januário, com uma crítica direta aos gastos supérfluos e exagerados perpetuados pelos políticos. |
L* is not an artist (Wool) | 26 | Cultural | Stencils desenvolvidos pela artista lusa Luísa Cortesão. |
“Sr. Viseu” by Samina (Wool) | 27 | Cultural | Samina homenageou com a sua obra o Sr.Viseu, morador do centro histórico, antigo trabalhador dos lanifícios, antigo jogador do Sporting da Covilhã e treinador de atletismo, alguém que leva em si muita da história da cidade. |
“Narcisa” by Aheneah (Wool) | 28 | Cultural | A artista lusa Ana Martins (Aheneah) decidiu homenagear a sua bisavó “Narcisa”, com esta obra onde, através de tradicionais técnicas de trabalho têxtil (ponto de cruz) e utilizando fios de lã, concebeu um trabalho contemporâneo. Ao mesmo tempo é uma homenagem a todas as mães, avós e bisavós que através dos seus ensinamentos mantêm vivas as tradições e continuam a perpetuar os seus ensinamentos, que muito influenciam o trabalho de Aheneah. |
Intervenção Wool (Arm Collective) | 29 | Cultural | Os dois artistas deste coletivo (MAR e RAM) quiseram deixar a sua visão da indústria dos lanifícios, representando a figura do pastor e a do operário. |
Intervenção Wool (Gijs Vanhee) | 30 | Cultural | O artista belga interpretou neste mural uma lenda da região: “O pastor da Estrela”. |
“Ser Serrano” by The Caver (Wool) |
31 | Cultural |
Um mural caótico, cheio de cor e que respira originalidade. Do artista português “The Caver”, este mural merece ser contemplado ao pormenor. Este caos de cor é uma interpretação própria do artista, fazendo alusão e representando alguns elementos inteiramente ligados à cultura serrana, ou não estivéssemos nas faldas da Serra da Estrela. Destaca-se a imagem do pastor tradicional, símbolo da nossa cultura e hoje em franca extinção. |
“Indigofera Tinctoria + Rubia Tinctorium” by Doa AO (Wool) | 32 | Cultural | A artista espanhola projectou um mural que relembra as espécies florísticas que davam cor às lãs e tecidos da Real Fábrica dos Panos, onde hoje se situa o Museu de Lanifícios, integrado na Universidade da Beira Interior. |
“BTOY” (Wool) | 33 | Cultural | A artista espanhola reinterpretou um postal de início do séc. XX, que retrata um pastor. |
“Portugal pelas costuras” by Mr. Dheo (Wool) | 34 | Cultural | A cidade da lã, onde pintou uma jovem que costura a bandeira portuguesa. O tributo às costureiras e cerzideiras locais. |
“Covilhocos à espreita” by Catarina Glam (Wool) | 35 | Cultural | Catarina Glam, uma artista com uma forma muito particular de trabalhar e que deixa nas suas peças um know-how muito próprio. Baseado mais em arte plástica do que pintura e baseado num formato típico, Catarina deixou-nos oito novos motivos para visitar e separados em quatro localizações Chama-os de “Covilhocos”, representados por exemplo, pelo vizinho, o avô ou mesmo o animal de estimação, que nas suas janelas e portas, espreitam e esperam que os visitantes os fotografe. |
“Owl Eyes” by Bordalo II (Wool) | 36 | Cultural | O artista pretendeu apelar ao investimento material e social no local e construiu, usando lixo e sucata, um enorme mocho, símbolo de sabedoria e cultura. Considerada uma das 25 melhores do mundo no ano de 2014 (Google Art Project). |
Medianeras > Murales (Wool) | 37 | Cultural | Intervenção feita pelo colectivo Medianeras > Murales, representando uma espécie de portal que permite aceder a todo um mundo de fios e lãs de várias cores. A intervenção foi realizada com a técnica do mosaico veneziano. |
A Tentadora Cowork Shop Gallery | 38 | Cowork / Comércio tradicional | A Tentadora, espaço de cowork, loja e galeria instalada numa mercearia com 80 anos e que foi recuperada no centro histórico da Covilhã. Vende artesanato tradicional e de design moderno, e está decorada com produtos antigos. É como viajar de novo à nossa infância. É este o espaço onde se desenvolve e organiza o projecto Wool – Covilhã Arte Urbana. Horário de funcionamento: Segunda-feira a Sexta-feira: 10.00h – 13.00h | 15.00h – 19.00h Sábado: 10.00h-13.00h |
Intervenção Wool (Kram) | 39 | Cultural | O trabalho, inspirado na lenda regional “A fera da Teixeira”, retrata o monstro de olhos no focinho que assolava a aldeia. |
“Cidade Flor” by Halfstudio (Wool) | 40 | Cultural | Uma das intervenções realizadas por Halfstudio, inspirada no fado de Amália Rodrigues “Covilhã, cidade neve”, que canta sobre a cidade da Covilhã, a sua tradição de lanifícios e os seus costumes / tradições. |
“Em ti mora o meu amor” by Halfstudio (Wool) | 41 | Cultural | Também realizada por Halfstudio. Tal como a anterior, teve igualmente a mesma base inspiradora da intervenção “Cidade Flor”. |
Intervenção Wool (Pastel Fd) | 42 | Cultural | As plantas que artista e arquiteto argentino Pastel representa têm sempre um simbolismo. Nesta intervenção, Pastel pretende glorificar as plantas que nascem nos passeios e nos muros dentro de uma cidade, tentando dar vida a espaços vazios e criando um jardim ou espaço verde “virtual”, com o qual os habitantes se identificam. |
“Perdi o fio à meada” by PFFF (Wool) | 43 | Cultural | Intervenção levada a cabo pelo artista holandês Pieter Frank de Jong, inspirado na expressão popular “perdi o fio à meada”. |
“Expedição Cientifica à Serra da Estrela” by Colectivo Licuado |
44 | Cultural |
Um mural que traduz um dos momentos mais importantes para o estudo e conhecimento científico da Serra da Estrela e que decorreu em 1881. Uma intervenção realizada pelo duo uruguaio como forma de homenagear a celebração dos 140 anos desta epopeia organizada pela Sociedade de Geografia de Lisboa, que compreendeu doze áreas científicas, que entre os dias 1 e 19 de Agosto envolveu mais de 100 pessoas. O legado que nos deixou é imenso, desde a área da botânica, estudo climático e até aos primórdios do estudo e utilização do ar de montanha, como “medicamento” para doenças tísicas. Para tal, os pastores e as gentes locais foram fundamentais, não só na ajuda logística, mas também como guias, sendo este mural, ao mesmo tempo, um reconhecimento dessas gentes e a sua importância para o sucesso dessa expedição. |
“Estruturalho” by Frederico Draw (Wool) | 45 | Cultural | O portuense Frederico Draw teve a enorme responsabilidade de homenagear Ernesto de Melo e Castro e também a sua família. Uma figura incontornável não só da Covilhã, mas também do panorama cultural nacional. Engenheiro, poeta, ensaísta, escritor e artista plástico, marcou claramente uma geração passada e ainda é uma personalidade que inspira a presente geração e um marco para a geração futura. |
“Olhar de cima” by The Caver |
46 | Cultural |
O artista lisbonense deixou-nos uma sequela da obra “Ser serrano”, onde a ligação com esta é notória, numa intervenção pautada pela representação abstrata da encosta Este da Serra da Estrela e terminando na Torre, o ponto mais alto de Portugal continental, utilizando a mesma técnica e a mesma mescla cores do mural “Ser serrano”. |
"Arrebatamento" by Bosoletti (Wool) | 47 | Cultural | “Arrebatamento. Sou a Mulher, sou a Terra. Sou o sangue que brota do ventre. Sou a alma que foi raptada, a seiva vital das raízes. Sou o que resta da tua sedução, a luz reflectida na caverna. Sou a ovelha que carrega o cordeiro, e tudo em volta à pastagem é teu. Covilhã, Portugal” (Texto de Giuseppina Ottieri). Nota: para uma melhor observação dos pormenores e detalhes, aconselha-se que se tire uma fotografia no modo negativo. |
“Covilhocos à espreita” by Catarina Glam (Wool) | 48 | Cultural | Catarina Glam, uma artista com uma forma muito particular de trabalhar e que deixa nas suas peças um know-how muito próprio. Baseado mais em arte plástica do que pintura e baseado num formato típico, Catarina deixou-nos oito novos motivos para visitar e separados em quatro localizações Chama-os de “Covilhocos”, representados por exemplo, pelo vizinho, o avô ou mesmo o animal de estimação, que nas suas janelas e portas, espreitam e esperam que os visitantes os fotografe. |
“Sobre a proximidade” by Alberto Montes (Wool) | 49 | Cultural | O artista espanhol Alberto Montes deixo-nos o seu mural com uma perspectiva muito abstrata e que merece algum tempo de contemplação. Esta obra mais conceptual e baseada numa visão mais intimista do artista assenta sobre uma fotografia de arquivo, onde habitantes da Covilhã compram nozes no mercado local. A fotografia como que foi cortada em partes e desintegrada, sendo posteriormente representada neste mural em formas desconexas, mas que ao mesmo tempo tem todo o sentido. As pessoas próximas, num gesto colectivo, resultando num acumular de vários momentos que ocorrem num acto tão simples como é comprar umas simples nozes. |
Mural STBB | 50 | Cultural | Mural extra projecto Wool – Covilhã Arte Urbana, situado em frente ao Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa. |
“Vida por Vida” by Roc Blackblock (Wool) | 51 | Cultural | Dia 17 de Junho de 2017, Portugal viveu um dos dias mais negros da sua história. 64 pessoas perderam as vidas no catastrófico incêndio de Pedrogão Grande e outras tantas ficaram marcadas definitivamente para o resto das suas vidas. Este mural projeto pelo artista catalão Rock Blackblock representa uma homenagem aos homens e mulheres que pelo troco de quase nada, dão a sua vida pela nossa vida. Os nossos grandes bombeiros… |
Nome Completo | Pontos de Interesse | Categoria | Descrição (resumida) |
“BTOY” (Wool) | 1 | Cultural | Posters colocados em portas na zona histórica da cidade, projetados pela artista espanhola BTOY. |
“Conquista o sonho” by Aka Corleone | 2 | Cultural | Mural promovido pela Federação Portuguesa de Futebol para inspirar, envolver e promover o apoio dos portugueses à seleção nacional de futebol para o Mundial de 2018, que decorreu na Rússia. Este mural foi projetado pelo artista luso Pedro Campiche, conhecido no meio artístico por Aka Corleone. |
VHILS (Wool) | 3 | Cultural | Obra desenvolvida por Alexandre Farto (VHILS) em Outubro de 2011, deixando a sua marca na cidade neve. A sua intervenção é pouco convencional, adotando uma técnica de escavação (intervenção em relevo) com recurso a ferramentas e técnicas de escultura. |
"O Observatório" by Douglas Ferreira - Bicicleta sem freio (Wool) | 4 | Cultural | Um dos melhores “grafiters” brasileiros da atualidade e cara-metade do duo “Bicicleta sem Freio”, sempre se individualizou pelas suas intervenções com cores fortes e berrantes que dão vida a elementos orgânicos de flora e fauna local. Aqui e de uma forma pessoal e abstrata, interligou um dos miradouros da cidade com a flora e fauna local, onde se destaca a representação do Guarda-rios, do Papa-figos e do Tentilhão. |
L* is not an artist (Wool) | 5 | Cultural | Stencils desenvolvidos pela artista lusa Luísa Cortesão. |